quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

COMO CUIDAR DE FILHOTES DE GATO SEM A MÃE.

Fui chamada quando a mãezinha morreu envenenada ao procurar alimento deixando órfãos 4 gatinhos de apenas 7 dias.

Desesperei sabendo o quanto é difícil, nesta idade, salvá-los. Mais uma vez veio em nosso socorro a competente, experiente e sempre solícita veterinária Patrícia Spadano. Prontificou-se a ficar com eles em plena semana entre Natal e Ano Novo. Após esta data ela viajaria de férias.

Assim foi feito, após esta semana ela os devolveu e foi aí que vi o valor da gata mãe. Usualmente, a mãe fica praticamente 24 horas com os filhotes até quase dois meses amamentando-os, lambendo-os para limpá-los e estimular urina e fezes. Já tive gatas que procriaram e cuidaram de seus filhotes e foi tudo tão tranqüilo.

Minha filha Fabíola se dispôs a cuidar dos filhotes. Começaram os transtornos. A princípio tivemos que colocá-los no banheiro feminino para não serem incomodados pelos outros 4 gatos adultos que temos.
 Mudou todo nosso cotidiano porque não podíamos entrar no banheiro para retirar o que precisávamos ou tomar banho. Primeiro porque eles acordavam e miavam desesperadamente e segundo porque o banheiro virou uma confusão geral com caixa, algodão, papel higiênico, bolsa dágua, garrafas dágua, colchas, jornais...

Inicialmente, para aquecê-los, Fabíola, várias vezes ao dia, fervia água e colocava na garrafa pet depois sob orientação de nossa outra grande amiga e competente veterinária Flávia Quadros passamos a usar a bolsa d'água que mantinha o calor por mais tempo e dava menos trabalho e os mantinham juntinhos e aquecidos e assim passaram a chorar menos

.Flávia nos ensinou também para uma alimentação mais reforçada a dar a mistura de leite de saquinho, com leite em pó, mais creme de leite 25 % de gordura e a vitamina Glicopam. Aí eles já choravam menos mas Fabíola não tinha hora para nada, acordava várias vezes na madrugada, dormia de dia enquanto eles dormiam, não dava para sair porque tinha que alimentá-los, além de fazer tudo o que a mãe gata faz: limpar os olhos com soro fisiológico, passar algodão ou papel higiênico nas suas bundinhas como se fosse a mãe lambendo-os para ativar urina e fezes. Eles mamavam como bebês e após todos os procedimentos procuravam seu colo como se ela fosse a mãe deles.

Ao entrar no quarto, falávamos baixo, não fazíamos barulho para que eles não acordassem e desesperassem a miar. Só via Fabíola correr do banheiro para a cozinha para preparar a mistura, mornar no microondas, ferver a água para encher a bolsa dágua.

Em poucos dias triplicou o gasto de algodão, papel higiênico, soro fisiológico e gás porque a água fervida no microondas esfriava mais raridamente.

Agora estão com 5 semanas e já consumiram 3 latas de leite em pó (de 0 a 6 meses bem mais caras), 3 latas de creme de leite com 25% de gordura, vários litros de leite em saquinhos já que a validade do leite de saquinho é curta mais a vitamina Glicopan.

Já estão com os olhinhos abertos, andando e não querem mais ficar presos no banheiro, já exploram novos espaços como o quarto feminino, sobem pelas colchas e adoram ficar no calor e colo de Fabíola. Quando ela não está no quarto eles dormem juntinhos próximo ao travesseiro dela.

Já brincam e se deixar a porta aberta saem pela casa. Segundo Fabíola eles ficarão maiores do que se fossem alimentados pela gata.

Agora vem outra etapa difícil: introduzir a ração. Estamos sendo orientadas também por outra grande veterinária e amiga Shemina “gatera” de carteirinha.Olhem só com 3 excelentes veterinárias auxiliando, ainda assim, sentimos dificuldades. Fabíola já tentou a papinha, misturar ração de filhotes com água morna ou leite. Eles não se interessaram. Agora ela está triturando a ração, peneirando e acrescentando à antiga mistura e oferecendo na mamadeira.  

Estamos tentando algumas experiências por nossa conta e aguardando o dia feliz no qual iniciarão a comer a ração e Fabíola poderá ficar mais livre.

O bom é que conseguimos salvá-los. Sem a ajuda decisiva de Patrícia que estava mais próxima de nós e a boa vontade de Fabíola eu não sei se sobreviveriam. É difícil para pessoas inexperientes como nós passarmos por isso mas não é impossível quando nosso objetivo maior é salvar vidas.

Em momentos assim conhecemos os verdadeiros veterinários, aqueles que ajudam por amor aos animais e sabemos também, militando nessa área, que atitudes como as dessas 3 veterinárias que se dispuseram a nos ajudar da maneira como fizeram e fazem são raras. Agradecemos muitíssimo.

Falo dessa esperiência porque sei que ajudará mais pessoas a salvarem outras vidas.

Aí vão as fotos deles que breve irão para adoção. São 3 fêmeas e 1 macho que é o pretinho. Interessados me liguem 8772 9171 ou enviem email: adocaobh@gmail.com ou ainda, para mais detalhes liguem para Fabíola 8739 9171 que ela contará com detalhes a personalidade de cada um(a)
Gatos bem cuidados podem viver mais de 15 anos.

CASTRAÇÃO PRECOCE
Cães e gatos, machos e fêmeas, podem ser castrados a partir de 2 meses e devem ser castrado antes dos 5 meses.
Saiba mais. Acesse: www.gatoverde.com.br

Para castrar seu animal entre em contato com:
Centro de Controle de Zoonoses-Rua Edna Quintel,173-São Bernardo, Belo Horizonte
(31) 3277-7411ou 3277-7411
Regional Noroeste-Rua Antônio Peixoto Guimarães,33-Caiçara BH (31)3277- 8448
Regional Oeste- Rua Alexandre Siqueira, 375 –Salgado Filho-BH (31) 3227 7576

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